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O fato de um automóvel trafegar no fim da madrugada não configura fundada suspeita, razão pela qual é ilícita a busca veicular realizada nessa circunstância. STJ, AgRg no HC n. 530.167/SP, relatora Ministra Laurita Vaz, 6ª Turma, julgado em 2/3/2021, DJe de 11/3/2021.  Fatoileg A polícia rodoviária abordou aleatoriamente o automóvel em que trafegavam os acusados, pois trafegavam no fim da madrugada, o que poderia indicar que estavam aproveitando do horário, visto que possui um tráfego veicular menos intenso. Devido a isso, os policiais realizaram a busca veicular e encontraram objetos ilícitos. Decisão A 6ª Turma entendeu pela ilicitude da busca veicular no contexto em questão. Fundamentos A busca veicular, que é equiparada à busca pessoal, não necessita de prévia autorização judicial quando houver fundadas suspeitas de possível delito, nos termos do art. 240, § 2.º, do Código de Processo Penal. Art. 240, § 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. No caso em comento, os acusados trafegavam durante o fim da madrugada, o que podia indicar que premeditadamente aproveitavam-se daquele horário. Conforme a narrativa da própria polícia, não havia suspeita, fundada ou não. Assim, […]

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