Resumo O presente trabalho analisa a tipologia da polícia brasileira utilizando o modelo teórico proposto por Dominique Monjardet, que identifica três funções principais desempenhadas pelas instituições policiais: polícia de ordem (soberania), polícia criminal (repressiva) e polícia urbana (comunitária). Monjardet argumenta que as polícias combinam essas dimensões de acordo com o contexto social, político e histórico em que estão inseridas. Ao aplicar esse modelo ao caso brasileiro, observa-se um sistema policial misto, no qual a Polícia Militar cumpre um papel ostensivo e militarizado, alinhado à tipologia de polícia de ordem, enquanto as Polícias Civis e a Polícia Federal exercem funções investigativas e repressivas, caracterizando-se como polícia criminal. No entanto, o elemento de polícia urbana — representado por iniciativas de policiamento comunitário e de proximidade — é fraco e enfrenta desafios na sua implementação e aceitação institucional. A análise destaca que o modelo brasileiro se estrutura fortemente em torno do controle estatal e da repressão, com menor foco no policiamento preventivo e comunitário. Conclui-se que, no Brasil, o sistema policial é amplamente voltado para a manutenção da ordem através da força, refletindo as tensões históricas e sociais que permeiam o país. Palvras-chave: Polícia de Ordem; Polícia Criminal; Polícia Urbana; tipologia de polícia. […]
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