1 Introdução O planejamento estratégico constitui um instrumento fundamental para a gestão organizacional, proporcionando diretrizes para a tomada de decisão, alocação eficiente de recursos e maximização da efetividade das ações institucionais. No entanto, a aplicabilidade desse processo diverge substancialmente entre o setor privado e o setor público, uma vez que cada um desses contextos apresenta objetivos, restrições e dinâmicas operacionais específicas. Enquanto no setor privado a estratégia organizacional está intrinsecamente vinculada à geração de valor para os acionistas e à obtenção de vantagens competitivas (Porter, 1996), no setor público, as iniciativas estratégicas devem conciliar eficiência administrativa com princípios de equidade, accountability e interesse coletivo (Bryson, 2018). Além disso, o planejamento estratégico em organizações públicas e sem fins lucrativos difere do planejamento estratégico no setor privado devido a diferenças em seus ambientes, tomadas de decisão e objetivos (Bryson, 2018). Dada a complexidade da administração pública, os gestores enfrentam desafios distintos na implementação do planejamento estratégico. Diferentemente das empresas privadas, cujas ações podem ser guiadas pela lógica do mercado e da livre concorrência, as organizações públicas operam sob marcos regulatórios rígidos e demandas sociais multifacetadas (Mintzberg, 1994). Além disso, a fragmentação do poder e a multiplicidade de stakeholders no setor público tornam […]
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