1 Introdução O planejamento estratégico em organizações públicas e sem fins lucrativos exige uma abordagem estruturada e alinhada às demandas da sociedade e dos diversos atores envolvidos no processo decisório. Nesse contexto, a análise de stakeholders emerge como um instrumento fundamental para garantir a eficácia das estratégias organizacionais, pois permite a identificação das partes interessadas, a compreensão de suas expectativas e a avaliação do impacto dessas demandas sobre a instituição (BRYSON, 2018). Essa abordagem possibilita uma gestão mais eficiente dos relacionamentos institucionais e assegura maior legitimidade às ações desenvolvidas. A teoria dos stakeholders, proposta por Freeman (1984), estabelece que o sucesso organizacional não pode ser alcançado sem a consideração dos interesses e influências dos diversos agentes que interagem com a organização. Esse referencial teórico foi expandido por Donaldson e Preston (1995), que classificaram as abordagens de gestão de stakeholders em normativas, instrumentais e descritivas, reforçando a importância de uma gestão estratégica que equilibre interesses distintos. Mitchell, Agle e Wood (1997) complementaram essa discussão ao proporem um modelo baseado em três atributos principais – poder, legitimidade e urgência –, o que possibilita a priorização dos stakeholders conforme sua capacidade de influenciar decisões estratégicas. No contexto das organizações públicas e do terceiro […]
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