1 INTRODUÇÃO   A Escola de Chicago da Ecologia Humana e a Escola de Chicago de Criminologia criada no início da década de 1920 é considerada o berço da moderna sociologia americana. É caracterizada pelo empirismo, por sua finalidade pragmática (emprego da observação direta nas investigações; as teses são introduzidas a partir da observação dos fatos) e pela finalidade prática a que se orientavam: um diagnóstico sobre os problemas sociais urgentes da realidade norte-americana. A Escola de Chicago teve como sua temática predominante a sociologia da grande cidade, a análise do desenvolvimento urbano, da civilização industrial e, relacionado a estes, a morfologia da criminalidade neste novo meio (MOLINA; GOMES, 2006). Atenta ao impacto da mudança social, especialmente evidente nas grandes cidades norte-americanas (industrialização, migrações, conflitos culturais, etc.) e interessada pelos grupos minoritários, conflitivos, a Escola de Chicago soube aprofundar-se no coração da grande urbe, conhecer e compreender internamente o mundo dos desviados, suas formas de vida e cosmovisões, analisando os mecanismos de aprendizagem e transmissão das referidas culturas desviadas. O exame inicial foi um tanto primitivo, desprovido de esquemas teóricos claros, mas estes perfilaram-se posteriormente (teoria ecológica, subcultural, “anomia”, conflitual, da aprendizagem, “definitorial”, etc.) (MOLINA; GOMES, 2006).   2 PRECEDENTES […]

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