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 1 INTRODUÇÃO A dualidade entre os ethos “guerreiro” e “guardião” nas polícias configura um tema central na discussão sobre a identidade e o papel das forças de segurança em sociedades democráticas. Enquanto o ethos guerreiro privilegia uma abordagem combativa e focada na repressão ao crime, o ethos guardião enfatiza a conexão com a comunidade, a resolução pacífica de conflitos e o respeito aos direitos humanos. Essa dicotomia não apenas molda a cultura organizacional das polícias, mas também impacta diretamente as percepções e relações entre agentes de segurança e cidadãos. A mentalidade guerreira, enraizada em práticas militarizadas e em uma visão adversarial do público, muitas vezes contribui para o isolamento social dos policiais e a escalada de conflitos. Por outro lado, o ethos guardião, ao promover o engajamento comunitário, busca consolidar a confiança e a colaboração entre as partes. Contudo, a coexistência desses dois modelos dentro das forças policiais reflete a complexidade de uma cultura ocupacional influenciada por fatores históricos, sociais e institucionais. O treinamento policial e as políticas públicas exercem papel determinante na perpetuação ou transformação dessas mentalidades. Instituições que reforçam táticas agressivas e incentivam posturas combativas tendem a dificultar a adoção de práticas mais inclusivas. Alternativamente, reformas no currículo […]

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