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1 INTRODUÇÃO O debate sobre o uso excessivo da força por policiais é uma questão central nos Estados Unidos, destacando a necessidade de estratégias mais eficazes para prevenção e mitigação desses incidentes. A morte de um adolescente desarmado em Ferguson, Missouri, em 2014, exemplifica como eventos específicos podem impulsionar mudanças sistêmicas e demandar inovações nas práticas policiais (Police Executive Police Forum, 2015). Entre as medidas propostas, destaca-se o uso de câmeras corporais, um avanço que, embora relevante para a documentação de ocorrências, não aborda diretamente a prevenção do uso inadequado da força. Além disso, iniciativas como a responsabilização criminal de agentes são, em essência, reativas, focadas em punir atos já consumados (Police Executive Police Forum, 2015). Portanto, pesquisas que investiguem metodologias preventivas, como treinamentos e abordagens fundamentadas em teorias psicológicas e sociais, são indispensáveis. Neste contexto, o treinamento policial surge como um fator crítico. Estudos mostram que novos recrutas recebem treinamento significativamente desequilibrado, com um número médio de 129 horas dedicado a técnicas de uso da força contra apenas 16 horas para práticas de desescalada (Police Executive Police Forum, 2015). A implicação é clara: os policiais são condicionados a reagir instintivamente com força, muitas vezes negligenciando alternativas menos coercitivas. 2 […]

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