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Introdução Durante uma abordagem policial, um gesto aparentemente simples pode mudar completamente o rumo de uma ocorrência. É o caso da clássica situação em que o abordado, ao ver a viatura ou receber ordens da polícia, leva a mão à cintura. Esse movimento, que pode ter motivos banais, também pode sinalizar o início de uma agressão armada contra os policiais. Como agir? A dúvida é legítima e dramática: o policial pode disparar? Está protegido juridicamente? E se o suspeito não estiver armado? Este texto enfrenta essas questões sob três eixos: jurídico, neurocientífico e prático-operacional, explorando a figura da legítima defesa putativa, o erro de tipo essencial escusável, e destacando precedentes importantes da jurisprudência. A análise também considera a neurobiologia da tomada de decisão sob estresse, fundamental para compreender a realidade da atividade policial. 1. O gesto automatizado e a necessidade de cautela É importante reconhecer que o ato de levar a mão à cintura é, muitas vezes, um comportamento automatizado, enraizado nos hábitos cotidianos. A pessoa pode estar pegando o celular, que acabou de vibrar no bolso; pode estar ajustando a calça ou alcançando um objeto inofensivo. Muitas vezes, sequer percebe o risco que esse gesto representa para quem está […]

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