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1 Introdução   O estudo do deslocamento do crime tem sido um tema recorrente e de grande relevância nas ciências criminais e na criminologia. A premissa de que o crime pode ser simplesmente transferido de uma localidade para outra, sem que haja uma efetiva redução na sua ocorrência total, é uma preocupação central nas análises das políticas de prevenção e controle do crime. Esta pesquisa propõe-se a examinar a validade da hipótese de deslocamento do crime, conforme postulada por Weisburd et al. (2006) e Clarke e Mayhew (1988), e a explorar as diferentes formas pelas quais o deslocamento pode ocorrer, segundo as categorias identificadas por Reppetto (1976). A ideia intuitiva de que o crime possui uma natureza “hidráulica”, movendo-se para novas áreas quando prevenido em outras, será abordada criticamente à luz das evidências empíricas e das teorias contemporâneas. Este trabalho também busca esclarecer a extensão em que as estratégias de policiamento focadas em hot spots podem efetivamente reduzir a taxa geral de crimes, mesmo considerando a possibilidade de deslocamento.   2 A dissuasão e deslocamento do infrator   O fenômeno da dissuasão local tem sido aceito há muito tempo pelos críticos das políticas destinadas a criá-lo que negam que isso […]

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